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Bola na rede, hot dog e mais amigos: torneio vira festa para novos jogadores do futmesa
Quatorze crianças e adolescentes se reuniram na Mooca, neste domingo (13), para disputar o “1º Torneio Dogão”, organizado pelo Dalmácia Futmesa. O evento foi gratuito e aberto para todos, inclusive garotos que ainda não participam das competições já regularmente organizadas pela Federação Paulista de Futebol de Mesa (FPFM).
O evento marcou a estreia de um punhado de crianças nas competições do esporte que muitos ainda conhecem pelo nome raiz: o futebol de botão.
Foi o caso, por exemplo, de dois garotos – Murilo Jardim e Raul Ferreira – que começaram a prática do esporte através do departamento de futmesa do Sport Clube Corinthians Paulista (SCCP).
A participação de Murilo no evento é uma amostra da importância de os clubes manterem espaços abertos para o futmesa. “Eu ia no clube do Corinthians e um amigo do meu pai falou que tava tendo treino e eu comecei a treinar. Faz dois meses que eu comecei e agora já estou indo para campeonato”, comentou Murilo Jardim, de 12 anos.
Quem circula no universo do botão está mais acostumado a ver pais atletas incentivando seus pequenos. No Torneio Dogão, foi o caso de representantes do Meninos (MFC), do São Paulo (SPFC), do Palmeiras (SEP), do Tamo Junto (TMJ) e do Círculo Militar (CMSP), que estiveram com seus meninos no evento.
Mas não foi esse o começo da jornada de Murilo. “Meu pai e meu avô jogavam quando eles eram pequenininhos, mas eles não passaram muito isso para mim. (…) Foi mais os professores (atletas do SCCP) que passaram. Essa foi minha primeira competição, se Deus quiser vai ter mais”, conta Murilo.
Também foi a primeira vez do pequeno Pedro Lucas, de 11 anos, que tem no pai e no tio seus incentivadores. Vindo do universo da tampa (modalidade conhecida também como vidrilhas, famosa por causa dos icônicos botões Brianezzi), ele pratica o botonismo na Liga Botão de Quinta (instagram @ligabdq), atualmente em atividade no Democrático do Ypiranga.
Pedro Lucas arrancou logo na estreia um honroso 4º lugar na categoria ouro, deixando os seus incentivadores animados com as perspectivas do garoto no esporte. “Estamos orgulhosos desse resultado e sabemos que isso é só o começo. Já têm clubes de olho, com esperança de filiar e federar o garoto”, comenta Marco De Marchi, um dos organizadores da Liga Botão de Quinta e atleta federado na modalidade 12 Toques pelo Dalmácia Futmesa.
“Foi um evento que estava perfeito, meu irmão nunca tinha visto um campeonato de acrílico, ficou maravilhado. Saímos de lá comentando o quanto isso foi importante, todos estavam muito felizes com o evento, e olha que tinha muita gente velha de guerra no botão e só ouvi elogios”, conta De Marchi.
A competição ocorreu na sede da Sociedade Amigos da Dalmácia (Sada), que fica na Rua Tobias Barreto, 454. Todos os participantes ganharam medalhas, e o vencedor levou um troféu exclusivo, que representava um botonista praticando a modalidade.
O troféu ficou com o atleta Tuguinha, do Círculo Militar de São Paulo (CMSP), vencedor da final disputada contra Gabi (TMJ). A decisão foi marcada por ser um jogo com 14 gols, um tanto de nervosismo e muita disputa (clique aqui para ver o video https://youtu.be/oj-ka8YcRso )
“Consegui fazer bastante gol (ao longo da competição), gostei bastante do resultado”, afirmou Tuguinha.
E para que não faltasse energia nas palhetadas rumo às medalhas, dezenas de cachorros-quentes foram servidos com refrigerante e suco para pais e atletas. Ana Maria Coelho, avô de um dos competidores e responsável pela cozinha do evento, celebrou a fome da garotada. “Se precisar fazer todo fim de semana, a gente faz”, brinca Ana Maria.
“O futebol de botão entrou de muito bom grado na nossa família. Meu neto é uma criança agitada, e difícil de se concentrar, e o botão trouxe um pouco de sossego para a mente dele. Ajuda a lidar com frustração. É você com você mesmo e o adversário. Interage com pessoas, nesse sentido, de convivência, o jogo faz muito bem”, avalia Ana, que foi amplamente elogiada pelo cuidado com a alimentação da turma.
Mas qual a receita para mais adeptos?
Na visão de Sergio Valente, vice-presidente da FPFM, que esteve no Dalmácia para acompanhar o evento, o primeiro passo é atrair os pais para a prática do esporte.
“Nós demos o primeiro passo na federação paulista criando o cargo que não existia, que é o de diretor técnico sub 18, que está com o Marco Butantã e agora está se dedicando exclusivamente a isso. E eu entendo que quem nós temos que atrair são os pais, para que eles possam trazer seus filhos e fazer com que eles se interessem”, afirma Sérgio Valente.
“A molecada quando vê o jogo pela primeira vez, ela fica louca”, afirma o vice-presidente.
Na avaliação de Marco Butantã, o 1º Torneio Dogão foi uma sementinha importante plantada em um terreno que já tem outros incentivadores, como Wallace Rinco, Flávio Moraes e Éder Sergio, que desenvolvem trabalhos exemplares de incentivo ao futmesa com garotos e garotas.
“Esses torneios despertam na criançada o lado lúdico e a partir daí fazem com que ela seja atraída de forma mais natural possível ao esporte. Mescla de forma saudável o lado competitivo com a amizade entre a garotada, todos basicamente na mesma faixa etária”, resume Butantã.
Agradecimentos e créditos – Ardilhes, atleta filiado ao Dalmácia FM